ABSTRACT
Objetivo: determinar a ocorrência de insucessos conforme o tempo de carregamento em implantes dentários de estágio único. Material e métodos: neste estudo retrospectivo com série de casos, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, um banco de dados foi utilizado para coleta de desfechos clínicos (queixas subjetivas, infecção com supuração, mobilidade, profundidade de sondagem, sangramento gengival, e recessão gengival) e radiográficos (perda óssea anual). O tempo de carga foi dividido em G1(< 1 ano de carga), G2 (≥ 1 e < 5 anos de carga) e G3 (≥ 5 anos de carga). Análises bivariadas, de máxima verossimilhança, de regressão logística binária e OR foram aplicadas (nível de significância 5%). Resultados: 245 implantes cone-morse tissue level e bone level (G1=48, G2=103, G3=94; insucesso geral = 36,73%) foram avaliados em 111 indivíduos. O insucesso dos implantes foi maior em G1 (qui-quadrado = p < 0,001) do que no G2 e G3. A chance de perda de implantes no G1 (OR = 9,8) foi maior (p < 0,001) comparada ao G2 e G3 (sem diferenças estatísticas). Em geral, a radiolucência, o sangramento à sondagem, profundidade > 5 mm, e a perda óssea anual peri-implantar mostraram signifi cância estatística (qui-quadrado, p ≤ 0,001). Entretanto, apenas o sangramento (p < 0,001) e a perda óssea (p=0,014) mostraram significância na comparação entre grupos. Conclusão: a taxa de insucessos em implantes de estágio único conexão cone-morse foi maior no primeiro ano de carregamento.
Objective: to determine the failure rates of one-stage morse cone dental implants according to loading time periods. Material and Methods: in this retrospective case series study, after inclusion and exclusion criteria, a database was screened to collect clinical (subjective complaints, infection with suppuration, mobility, probing depth, gingival bleeding, and gingival recession) and radiographic (annual bone loss) outcomes. The loading time was divided into G1 (<1 year), G2 (≥ 1 and <5 years) and G3 (≥ 5 years). Bivariate analysis, maximum likelihood, and the binary logistic regression with OR were applied (5% significance level). Results: 245 morse cone implants (tissue and bone level types; G1 = 48, G2 = 103, G3 = 94, overall failure = 36.73%) were evaluated in 111 subjects. The implant failure was higher in G1 (chi-square = p < 0.001) than in G2 and G3. The chance of implant loss in G1 (OR = 9.8) was higher (p < 0.001) compared to G2 and G3 (no statistical differences). In general, radiolucency, bleeding on probing, probing depth > 5 mm, and the peri-implant annual bone loss demonstrated statistical signifi cance (chi-square, p ≤ 0,001). However, only bleeding on probing (p < 0.001) and bone loss (p = 0.014) were significant on comparison among groups. Conclusion: the failure rate of one-stage morse cone dental implants was higher in the fi rst year of loading.